
O combate a fraudes financeiras no Brasil acaba de ganhar um novo capítulo. O Banco Central do Brasil (Bacen) publicou uma resolução que autoriza as instituições financeiras a bloquear ou rejeitar transferências destinadas a contas suspeitas de envolvimento em atividades fraudulentas, ou seja, o Bacen autorizou bloqueio para contas laranja.
A medida, vista como um reforço na luta contra golpes digitais e o uso de “contas laranja”, traz mais segurança ao sistema financeiro, mas também levanta dúvidas sobre impactos e desafios para bancos e clientes.
Esta normativa vem somada a uma série de medidas e novidades (como as novas regras do PIX) para tornar o ambiente bancário e financeiro mais seguro, digitalizado e automatizado.
O que diz a nova resolução do Bacen
De acordo com a Resolução BCB nº 501/2025, todas as instituições reguladas pelo Bacen deverão rejeitar pagamentos e transferências que tenham como destino contas com indícios de fraude.
Essa medida vale para transações em diferentes meios de pagamento, incluindo TED, DOC e o popular Pix, que se tornou o principal alvo de criminosos nos últimos anos. Segundo a resolução, este bloqueio deve estar ativo até o dia 13 de outubro de 2025.
Na prática, quando houver suspeita de que uma conta bancária esteja vinculada a esquemas ilegais, o banco poderá barrar a transação automaticamente, sem a necessidade de autorização prévia do cliente. Esse mecanismo se soma a outras ferramentas de prevenção já existentes, como o Bloqueio Cautelar do Pix, mas agora expande a responsabilidade das instituições em agir de forma preventiva.
Qual é o objetivo desta resolução do BC?
O principal objetivo da resolução é fortalecer o combate às chamadas “contas laranja”, que são abertas ou utilizadas por terceiros com documentos falsos ou de pessoas aliciadas para receber recursos ilícitos. Essas contas funcionam como intermediárias em esquemas de fraude, dificultando a identificação dos verdadeiros criminosos.
Com a nova regra, o Bacen busca:
- Reduzir o número de golpes financeiros digitais;
- Desestimular o uso de contas laranja;
- Proteger usuários de transferências indevidas;
- Aumentar a rastreabilidade do dinheiro em caso de fraude.
Além disso, a resolução também objetiva encerrar práticas de empréstimo de conta para recebimento de valores, especialmente para quem sabe que a pessoa está envolvida em esquemas ilegais. Isso porque ela também pode ser penalizada e o dinheiro é rastreado, podendo comprovar o seu envolvimento em alguma situação ilícita.
Impactos para os clientes
Para os correntistas, a mudança traz maior proteção contra transferências que poderiam cair em contas fraudulentas. Caso uma operação seja rejeitada, o cliente será notificado pela instituição financeira. Embora isso possa gerar atrasos ou transtornos em situações pontuais, o objetivo maior é evitar perdas financeiras irreversíveis.
Imagine, por exemplo, uma pessoa que caiu em um golpe de falso boleto. Antes da resolução, a transferência poderia ser concluída sem obstáculos, e a recuperação do valor seria quase impossível.
Agora, existe uma chance real de o pagamento ser barrado antes de chegar às mãos do criminoso. Somado à contestação do PIX, torna-se muito mais difícil ser alvo de operações criminosas.
Desafios para as instituições financeiras
Apesar dos benefícios, a nova normativa também impõe desafios às instituições. Os bancos terão de investir ainda mais em tecnologia de análise de risco, inteligência artificial e monitoramento em tempo real para identificar contas suspeitas.
Além disso, existe o risco de falsos positivos, ou seja, bloqueios de transferências legítimas. Isso pode gerar insatisfação entre os clientes e até mesmo ações judiciais. O equilíbrio entre segurança e fluidez das transações será o grande teste para o setor bancário.
Relação com o combate às fraudes no Pix
O Pix revolucionou os meios de pagamento no Brasil, mas também se tornou uma porta de entrada para golpes. Desde 2021, o Bacen vem implementando medidas de segurança, como:
- Bloqueio Cautelar do Pix, que permite segurar valores suspeitos por até 72 horas;
- Mecanismo Especial de Devolução (MED), que possibilita estornar recursos em casos de fraude comprovada;
- Limite noturno para transferências, a fim de reduzir assaltos e sequestros-relâmpago.
A nova resolução complementa essas iniciativas, oferecendo mais uma barreira contra criminosos que utilizam o sistema financeiro para movimentar recursos ilícitos.
Leia mais sobre o novo recurso do PIX, o botão de contestação do PIX.
Segurança Bancária e Financeira: Como a Neofin lida com essa questão?
A segurança de dados bancários e de transações é fundamental para a Neofin. Por isso, nossos sistemas são atualizados de forma regular, seguem as normativas do Bacen e também buscam evitar o uso para qualquer fim ilícito.
Assim, priorizamos a segurança dos dados e financeira, utilizando tecnologia de ponta para garantir a proteção das informações, com as integrações bancárias realizadas via API, estabelecendo uma comunicação encriptada e restrita. Neste ponto, é importante ressaltar que a plataforma apenas “lê” as informações essenciais para a gestão, como o status dos boletos, e em nenhum momento tem a capacidade de movimentar dinheiro ou realizar transações em nome do usuário, mantendo os recursos financeiros sob total controle do cliente.
Leia como identificar boletos falsos no Blog da Neofin.
Além disso, a Neofin oferece visibilidade total dos recebimentos através de um dashboard intuitivo, previsão de fluxo de caixa e relatórios personalizados. Isso permite que o negócio tenha indicadores precisos para otimizar o planejamento financeiro e identificar rapidamente recebimentos em atraso.
Já para quem recebe as cobranças pela Neofin, nosso objetivo é ser transparente, ensinando sobre o que fazer, como conferir informações e nunca fazer transações para entidades consideradas suspeitas. Em caso de dúvidas, lembre-se sempre de verificar a veracidade do boleto e das cobranças pelo WhatsApp.
Quer saber mais sobre isso? Veja no vídeo abaixo:
Segurança na área financeira e bancária é prioridade
A nova normativa do Bacen que autoriza o bloqueio de transferências para contas suspeitas representa um avanço significativo na segurança financeira no Brasil. Embora traga desafios para bancos e riscos de falhas pontuais, a medida fortalece a confiança dos usuários no sistema de pagamentos e ajuda a combater a crescente onda de fraudes digitais.
O equilíbrio entre segurança e liberdade nas transações será o ponto-chave para o sucesso dessa iniciativa, que deve evoluir junto com a tecnologia e a colaboração entre instituições.
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