
Toda empresa, independentemente do porte, está sujeita a imprevistos. Problemas de caixa, crises econômicas, queda de vendas ou até custos extras inesperados podem comprometer a saúde financeira do negócio. É nesse cenário que a reserva de emergência para empresas se torna essencial.
Assim como para o planejamento pessoal, a reserva de emergência para empresas cumpre um papel de evitar que situações negativas escalem e se tornem um fator para dívidas (e, no caso de empresas, falência e fechamento do negócio).
Resumindo, esse fundo funciona como uma proteção contra adversidades, garantindo que a operação continue funcionando sem comprometer salários, fornecedores ou serviços básicos.
Neste artigo, você vai entender por que a reserva é importante, como calcular o valor ideal e os melhores caminhos para aplicá-la.
O que é Reserva de Emergência para Empresas?
A reserva de emergência para empresas é um fundo financeiro separado exclusivamente para situações inesperadas, sendo que ele não deve ser utilizado para outras atividades e deve estar disponível rapidamente.
Ela serve como um “colchão de segurança”, permitindo que a organização atravesse períodos difíceis sem precisar recorrer a empréstimos caros ou atrasar compromissos financeiros. Diferente do capital de giro, a reserva não deve ser usada no dia a dia da empresa, mas sim em situações pontuais como:
- Queda repentina de faturamento;
- Multas ou processos judiciais;
- Atrasos de clientes importantes;
- Aumento inesperado de custos fixos.
É necessário ter uma reserva de emergência na minha empresa?
É algo fundamental e é bastante recomendado que todas as empresas tenham a reserva, além de também contarem com seguros que possam proteger seu caixa em adversidades eventuais.
Contudo, é evidente que nem toda empresa consegue ter a reserva (ao menos, inicialmente), pois todo o faturamento é alocado para pagar despesas e fazer o reinvestimento no negócio. Nestes casos, ressaltamos que deve ser dado o primeiro passo rumo a uma reserva de emergência assim que possível.
Por que a Reserva de Emergência é Importante para Empresas?
Como mencionamos, o mais importante é proteger o negócio e manter a sua operação frente a problemas comuns. Mas mais do que isso, é a certeza de que a empresa consegue se manter por si só por um tempo, sem contar com problemas do mercado, alterações de regulação ou mesmo cenários de aumento de juros.
Veja alguns benefícios estratégicos:
- Protege contra crises econômicas – evita que o negócio dependa de crédito em momentos de instabilidade.
- Garante continuidade operacional – permite pagar salários e fornecedores sem atrasos.
- Fortalece a credibilidade da empresa – clientes e parceiros percebem mais segurança.
- Aumenta a resiliência – negócios preparados enfrentam imprevistos sem grandes impactos.
- Evita a contratação de empréstimos – a ausência de preparo pode levar à busca por soluções mais imediatistas com juros altos.
Como Calcular a Reserva de Emergência para Empresas
Não existe um cálculo certo, afinal, a reserva de emergência varia de acordo com o porte da empresa e os cenários previstos. Por exemplo, uma empresa de grande porte pode necessitar de uma reserva bem maior, porém, uma empresa de pequeno porte necessita que a reserva mantenha o negócio estável por mais meses.
Além disso, o cálculo depende das despesas fixas mensais e a expectativa de retomada da “normalidade”. Em média, recomenda-se guardar um fundo que suporte a operação por 3 a 6 meses, incluindo despesas operacionais e, em casos de empresas bem pequenas, despesas pessoais dos donos.
Passo a passo para calcular:
- Some todas as despesas fixas mensais (aluguel, folha de pagamento, fornecedores estratégicos, tributos).
- Multiplique esse valor pelo período desejado (3, 6 ou até 12 meses).
- Defina o percentual de faturamento que será destinado ao fundo mensalmente.
Exemplo: Se sua empresa gasta R$ 50.000 por mês, a reserva mínima deve ser de R$ 150.000 (3 meses). É um valor alto, mas ele pode ser acumulado ao longo de um ou dois anos com retiradas mensais pequenas do faturamento.
Onde Guardar a Reserva de Emergência?
Um ponto muito importante é que a reserva não pode ser guardada embaixo do colchão. Isto é, ela não pode ser deixada de qualquer forma, sem ser corrigida e nem render. O ideal é sempre aplicar os recursos em investimentos de baixo risco e alta liquidez, garantindo segurança e acesso rápido em caso de necessidade.
Algumas opções incluem:
- Tesouro Selic;
- CDBs com liquidez diária;
- Fundos DI.
Uma recomendação é nunca utilizar aplicações de risco, como ações ou criptomoedas, para a reserva, pois podem reduzir o valor na hora de retirada e ainda dificultar a retirada do montante.
Como Implementar a Reserva de Emergência na Sua Empresa?
1. Defina uma meta clara
Estabeleça o valor total da reserva de acordo com os meses de operação e o prazo para alcançá-la.
2. Crie uma conta separada
Separe o fundo do capital de giro para evitar confusões, mantendo a retirada para a reserva como uma “despesa” mensal.
3. Automatize aportes mensais
Defina um percentual fixo do faturamento para ser destinado à reserva. Este ponto importa muito para empresas que já tinham sua reserva de emergência, mas continuam crescendo. Assim, a reserva cresce junto com a empresa, evitando que ela seja insuficiente no futuro.
4. Reavalie periodicamente
Revise o valor sempre que houver crescimento da empresa ou mudança significativa nas despesas. Além disso, revise em casos de outras mudanças, pois é importante manter estas diretrizes atualizadas.
Por outro lado, existem muitos erros na hora de criar reservas que empresas e pessoas físicas cometem. Separamos alguns dos mais comuns. Veja abaixo:
Erros Comuns na Criação da Reserva
- Misturar a reserva com capital de giro;
- Aplicar em investimentos de alto risco;
- Não revisar o valor ao longo do tempo;
- Usar o fundo para cobrir despesas corriqueiras.
Encontre outras formas de recuperar o seu caixa
Ter uma pequena poupança para emergências na empresa, garantindo a sua operação em momentos de crise, é fundamental, mas ir além deste fato e encontrar oportunidades para recuperar o seu caixa é mandatório.
Isso porque muitos valores ficam perdidos com clientes que não pagam por diversos motivos, levando a desfalcar o rendimento da empresa em muito dinheiro e podendo até contribuir para o encerramento de operações. Isso tudo quando não falamos sobre a possibilidade de levar uma companhia a ter que buscar a via jurídica para cobrar, gastando mais recursos e tempo.
Por isso, processos como a automatização de cobranças podem – e devem – ser colocados na ordem do dia como uma oportunidade de blindar o caixa. Estes processos garantem que os clientes sejam contactados de forma automática e personalizada, por mais de um canal e também em várias datas diferentes (com lembrete do vencimento, aviso sobre falta de pagamento e até comunicado sobre protesto da dívida).
E isso pode resultar em uma recuperação de mais de 50% dos valores que poderiam estar perdidos. Veja mais abaixo sobre como funcionam os sistemas de cobrança automatizados da Neofin:
Reserva para a sua empresa não passar por emergências
A reserva de emergência para empresas não é apenas uma medida financeira, mas sim uma estratégia de sobrevivência e crescimento. Ela garante que o negócio tenha estabilidade mesmo em períodos de crise, preservando a confiança de clientes, colaboradores e parceiros.
Para saber mais sobre gestão financeira, cobranças automatizadas e negócios, acesse o Blog da Neofin e o nosso Glossário Financeiro.